Instituto realiza publicação com orientações para cultivar Pomares de Mata Atlântica

O Instituto AUÁ realizou a publicação “Orientações para o Cultivo Agroecológico de Pomares de Mata Atlântica”, para orientar os produtores do projeto financiado pelo Fehidro, que forma agricultores para recuperar 100 hectares de Mata Atlântica no Alto Tietê.

A capacitação destes agricultores para o manejo agroecológico da diversidade de sua produção tem como importante finalidade a proteção da água no Alto Tietê, mas também a recuperação da floresta e desenvolvimento de um solo produtivo e fértil, que se torne fonte de renda permanente para o produtor rural. Reconhecer quem maneja esses espaços resgatando as funções ecológicas da terra, em que o produtor é o principal agente de mudança, surge como princípio fundamental do Pomares Mata Atlântica.

Assim, a publicação orienta o produtor familiar a construir e manejar os pomares de Mata Atlântica, colocando os passos essenciais para situá-lo neste caminho. São apresentados os conceitos básicos e as técnicas que permitem a produção agroecológica de espécies da Mata Atlântica, como frutas, plantas medicinais, condimentares, ornamentais e melíferas com potencial de mercado.

Entre as orientações estão: por que cultivar orgânicos e agroflorestas, como implantar o pomar, produzir sementes e mudas, preparar o solo e plantar. E ainda, os cuidados após o plantio, como nutrir, colher e beneficiar, e ainda acessar o mercado, além de ricas sugestões de leitura.

As espécies nativas que serão usadas nos pomares representam uma grande oportunidade, pois o Instituto AUÁ atua por meio do Empório Mata Atlântica também vem abrindo estes mercados, inicialmente com o Cambuci dos produtores do Alto da Serra do Mar e, atualmente, com espécies como a Uvaia e o Araçá e novos produtos beneficiados, como as polpas e os sorvetes.

“Sabemos que as monoculturas convencionais e a criação de gado em larga escala têm impactado negativamente a fertilidade do solo. Ao mesmo tempo em que os cultivos agrícolas em um país tropical exigem atenção especial no cuidado com o solo e seus microorganismos. Ambos fatores reforçam a importância de adotarmos cada vez mais formas agroecológicas de manejo, que incluam a diversificação e o policultivo”, reforça Hamilton Trajano, técnico do Pomares e um dos autores do material.

Leia aqui: https://institutoaua.org.br/portfolio/pomares-mata-atlantica-orientacoes-para-o-cultivo-agroecologico-de-pomares-de-mata-atlantica/

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