O Instituto Auá tem sua existência ligada à história do Cinturão Verde, onde construiu a metodologia pioneira para formação de jovens nestes municípios e atuou no levantamento dos serviços ecossistêmicos da região. São esses serviços que garantem recursos vitais para 24 milhões de habitantes, promovendo uma economia que equivale a 18,4% do PIB do país.
Trata-se de uma região vital para a sobrevivência dos habitantes da Região Metropolitana de São Paulo, pois o Cinturão Verde compõe uma área de 2,2 milhões de hectares, dos quais boa parte ainda são cobertos pela vegetação de Mata Atlântica que “abraça” as cidades. Foi declarado Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, em 1994, pela Unesco, configurando-se como a maior reserva da biosfera em contexto urbano no mundo, com área que abrange 78 municípios.
As Reservas da Biosfera compõem o Programa MaB – Homem e Biosfera da Unesco, que estabelece o papel destas áreas naturais como “laboratórios” de experiências que combinam a conservação dos ecossistemas com o desenvolvimento econômico, humano e científico. Hoje as Reservas da Biosfera estão presentes em regiões tão diferentes como o Ártico, os desertos ou as florestas tropicais, e formam um conjunto de 627 reservas no planeta. No Brasil, há sete Reservas da Biosfera, cobrindo 19% do território nacional, e compreendendo a proteção de nossos principais biomas, como Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga, Cerrado e Amazônia Central.
A criação da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, na Mata Atlântica, representou um passo inovador, pois abraçou a mancha urbana da quinta maior metrópole do mundo, com o objetivo de fazer a gestão integrada das cidades com os ecossistemas, o que não existe de forma similar em outra situação no mundo.