Plantio de horta agroecológica ocupa espaço na fábrica da Tintas Coral

Espécies pouco comuns nas feiras livres, como o almeirão-roxo ou o bálsamo, compõem a nova horta da Tintas Coral, marca da empresa AkzoNobel, por meio de uma recente parceria com o Instituto AUÁ. A presença da horta onde se localiza a fábrica da empresa, em Mauá (SP), revela como a produção de alimentos vivos em uma empresa de grande porte pode estar próxima do ambiente de trabalho dos funcionários.

O plantio aconteceu no início de junho, com plantas medicinais, aromáticas e alimentares, sinalizando que o cultivo agroecológico está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. A ideia recebeu apoio da área de Sustentabilidade da Tintas Coral, iniciando pela capacitação de dois funcionários de jardinagem por técnicos do Instituto AUÁ. Eles conduzirão a horta até que o trabalho possa se estender futuramente aos colaboradores da empresa.

Prevista para ocupar 100 metros quadrados, a horta tem formato modular, permitindo replicar o método em outros módulos, com ampla diversidade de espécies, como: alface roxa e verde , ervilha torta, couve flor e brócolis, almeirão e escarola, funcho, alface crespa, rabanete, couve-flor gigante, rúcula, cenoura, salsa portuguesa, além de alecrim, bálsamo, manjericão, salsinha , cebolinha e coentro, tomilho.

Segundo Cláudia Prudente, técnica agroecológica do AUÁ, a formação dos dois colaboradores mesclou teoria e prática e todo o processo foi orientado para o “aprender fazendo”. Primeiro, estudou-se a declividade do terreno, pensando-se na dinâmica da água no local e observando-se as características do espaço. A seguir, foram demarcados os canteiros e, com a participação ativa dos colaboradores, eles foram montados.

A preparação do solo teve início com insumos orgânicos, após a calagem. A torta de mamona, farinha de osso e yorin foram incorporados então ao solo dos canteiros. Recolheu-se a serapilheira da floresta para cobertura do solo, esperou-se algum tempo para a terra absorver os nutrientes e, na sequência, as mudas foram semeadas.

“Tudo isso nos permite fazer a reconexão com os elementos naturais, ampliando a relação dos colaboradores com a natureza, que inclui a floresta ali ao lado, mas também os alimentos agroecológicos. É possível ir além de nossa função no trabalho e a empresa mostra que há outras possibilidades a serem abertas para a formação das pessoas”, diz Hamilton Trajano, técnico agroecológico do AUÁ.

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