A reta final do projeto Semeando Economia Verde na Mata Atlântica mostra o sucesso dos Sistemas Agroflorestais

Após 2 anos, o projeto “Semeando Economia Verde na Mata Atlântica”, que se propôs a mudar a vida de diversos agricultores ao plantar 50 mil mudas, chega ao fim. Com esse marco final, podemos ver agora o tanto que foi possível alcançar com a implementação dos Sistemas Agroflorestais nos sítios participantes. 

O projeto teve início em agosto de 2021 e percorreu por importantes etapas durante todo o seu período. Essas etapas passaram desde diagnóstico dos terrenos, planejamento dos SAFs e espécies que seriam cultivadas, até o recebimento de insumos e mudas para o início dos plantios.  Então veio o acompanhamento de cada SAF com assistência técnica personalizada conforme as necessidades que surgiram em cada um dos locais. 

Para a finalização do “Semeando”, os técnicos do Instituto Auá realizaram uma última visita nas propriedades. Em tais visitas, aconteceu o acompanhamento final do crescimento e desenvoltura das mudas nativas da Mata Atlântica e das espécies que foram consorciadas com elas, além de capacitações finais para resolver pequenos problemas pontuais remanescentes. Tudo isso a fim de garantir que a fluidez das cadeias produtivas se mantivessem em bom estado e viessem a melhorar com os cuidados dos agricultores, para que eles, por sua vez, pudessem prosseguir com sua forma de economia sustentável. Segundo os próprios técnicos, o desenvolvimento das plantas observadas também atingiu o necessário para dar seguimento no processo de reflorestamento da Mata Atlântica. 

Atuando em 13 municípios da Serra do Mar Paulista e do Vale do Paraíba, o projeto contou com a participação de 40 sítios e o envolvimento de 120 produtores familiares, assentados da reforma agrária e neo-rurais. Durante o processo, o objetivo de plantar 50 mil mudas foi superado, tendo como número final 55 mil mudas cultivadas em 30 hectares no total. Essas plantações são um consórcio entre espécies nativas da mata atlântica e alimentos de ciclo curto para geração de renda a menor prazo. Entretanto, existe também o planejamento e a expectativa da geração de renda com as frutíferas nativas no futuro, sem contar aquelas que já viraram produtos e mercadorias.

Dentre as nativas plantadas no programa estão presentes algumas das queridinhas, como o Cambuci, Uvaia, Araçá, a Juçara e outras não tão conhecidas assim, tal qual o Jerivá, o Bacupari e o Ingá. O sucesso do crescimento delas transforma-se posteriormente no sucesso dos produtores e no sucesso da restauração ecológica. Para os produtores, os resultados voltam-se para a renda, que agora obtém com a comercialização de alimentos agroecológicos. Além disso, com os conhecimentos adquiridos e colocados em prática nas propriedades, eles conquistam confiança e desenvolvem visão empreendedora, fazendo planos e construindo projetos desde educação ambiental para públicos do seu entorno, como vivências turísticas, entre outros.

O “Semeando Economia Verde na Mata Atlântica” também consolidou a metodologia do Pomares Mata Atlântica para restauração ecológica produtiva. Isso porque os SAFs produtivos com espécies da Mata Atlântica comprovaram que de fato é possível manter uma produção agroecológica, que salva espécies ameaçadas e que gera renda para o seu agricultor.

O projeto foi realizado pelo Instituto Auá com recursos do Grupo Verde, em parceria com a Fundação Banco do Brasil.

 

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