Instituto AUÁ abre Edital de Chamamento para Pesquisadores

Com o objetivo de aumentar  interesse de pesquisadores sobre frutos nativos da Mata Atlântica, o Instituto AUÁ vai selecionar e contratar via bolsa mensal dois pesquisadores interessados nos frutos das espécies nativas da Mata Atlântica, no âmbito do projeto Rede de Produtores de Cambuci e Nativas da Mata Atlântica – 17.223 do ECOFORTE – FBB.

Confira o nosso Edital de Chamamento!

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Com este projeto pretendemos continuar a investir no potencial das espécies nativas do bioma Mata Atlântica, especificamente no entorno da Serra do Mar no Estado de São Paulo, por meio de aquisição de equipamentos, capacitação e assessoria a grupos de produtores rurais e apoio na inserção dos frutos e derivados no mercado, gerando com isso riqueza e promovendo o desenvolvimento local através da ampliação e fortalecimento da Rede de Produtores de Cambuci e Nativas da Mata Atlântica de São Paulo.

Esta rede é composta de produtores agroecológicos organizados em cooperativas, associações e grupos informais pertencentes aos 10 municípios beneficiados, organizações de assessoria, organização de consumidores, pesquisadores científicos, e parceiros estratégicos. A rede procura estimular a produção agroecológica familiar, o comércio justo, o turismo sustentável e a gastronomia local. Selecionamos ao iniciar esta rede uma fruta com incrível potencial de desenvolvimento que é o Cambuci, nativo da Mata Atlântica, com ocorrência principal na Serra do Mar Paulista.

Segundo estudos realizados por pesquisadores do ITAL – Instituto de Tecnologia do Alimento, USP – Universidade de São Paulo, entre outros, o Cambuci apresenta bom potencial para a industrialização devido aos seus atributos de qualidade, com alto rendimento da polpa, elevada acidez e vitamina C e minerais. Apesar desse potencial, o Cambuci está na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da IUCN – International Union for Conservation of Nature. Estamos caminhando para mudar esta situação.

Sobre a região escolhida para esta ação, a Mata Atlântica está entre as cinco florestas tropicais mais diversas e ameaçadas do planeta, foi reduzida a pouco mais de 7% de sua cobertura original e continua sob ameaça em várias regiões. No entorno da Serra do Mar, diversos municípios são cobertos por áreas de proteção ambiental e, por isso, convivem com um paradoxo: Como combinar o desenvolvimento com a preservação da natureza?

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o uso e a comercialização de frutas nativas, ainda pouco inseridas no mercado nacional ou internacional, é uma grande oportunidade a ser desenvolvida no Brasil. Essa riqueza permanece subutilizada no país, particularmente por modelos culturais que privilegiam monoculturas de exóticas com agrotóxicos. Enquanto isso, aumenta a procura do consumidor por produtos sustentáveis, fazendo com que as frutas nativas brasileiras ganhem enorme potencial para geração de riquezas e desenvolvimento local.

Pretendemos estruturar e promover 9 Unidades de Referência neste território, com produtores rurais que se dedicam ao cultivo de espécies da Mata Atlântica e beneficiamento dos produtos. Através de metodologia própria do Instituto AUÁ de Sistemas Agroflorestais com espécies nativas, denominada Pomares da Mata Atlântica pretendemos mobilizar, engajar, capacitar e prestar assistência técnica, aos produtores rurais na elaboração de Plano de Manejo Agroecológico, para restauração do bioma e através do nosso empreendimento social Agência de Ecomercado pretendemos ampliar abertura de novos mercados tanto no setor público como privado, garantindo maior renda para todos os envolvidos na Rede.

Vamos juntos trazer de volta a Mata Atlântica para dentro de cada propriedade rural familiar.

1 Comentário

  1. Rogério Alexandre Borcys

    Sou recém formado na área de agronomia e desde que inicie meu ingresso no universo acadêmico vejo com grande admiração a agroecologia como alternativa á forma convencional de se produzir alimentos, com essa possibilidade que o instituto AUÁ abre para pesquisas vejo uma grande chance de poder contribuir com essa forma de pensar e agir e consequentemente ampliar as alternativas aos produtores rurais fixando o homem no campo.

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