Finalistas – Edital de Chamamento para Pesquisadores

O Instituto AUÁ de Empreendedorismo Socioambiental divulga os selecionados para a bolsa de pesquisa para o Projeto “REDE DE PRODUTORES DE CAMBUCI E NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA”, nº 17223, do edital “ECOFORTE-REDES-2017” da Fundação Banco do Brasil. São eles:

FERNANDO OLIVEIRA SILVA

Contexto geral (hipótese): parte-se do pressuposto que existam diversas experiências exitosas relacionadas a arranjos produtivos comunitários que potencializam redes (locais e/ou regionais) de economia solidária dentro do Território da Mata Atlântica, em especial aquelas relacionadas a produção agroflorestal.

Proposta de pesquisa: realizar um mapeamento quali-quantitativo de arranjos produtivos e/ou de redes colaborativas formadas por produtoras e produtores comunitários que vivem no Território da Mata Atlântica no Estado de São Paulo.

Resultados esperados: espera-se identificar os arranjos produtivos e as redes colaborativas de economia solidária existentes no Território da Mata Atlântica, bem como, suas reais potencialidades econômicas de interconexão e de expansão comercial cooperativa/colaborativa. Paralelamente, pretende-se quantificar a produção sazonal das safras de produtos orgânicos nativos da Mata Atlântica nos negócios sociais estudados. Com isso, espera-se gerar um banco de dados capaz de fornecer informações mais precisas relacionadas a capacidade de produção no território. Também será possível gerar dados concretos que embasem futuros estudos de novos negócios sociais e/ou de projeção do potencial agregado de expansão dos negócios e/ou redes existentes, inclusive aquelas relacionadas as práticas de turismo sustentável.

Produtos Finais: mapeamento territorial, cartografia social, base de dados consistente para pesquisas segmentadas, portal web colaborativo construído com ferramentas tecnológicas livres (softwares livres) e publicações de textos e/ou artigos técnicos.

 

MARIANA PIMENTEL PEREIRA

Introdução: Diante da conjuntura atual da humanidade frente aos desafios consequentes da relação destrutiva com o planeta, a necessidade de proteger e conservar a natureza e os recursos locais se fazem indispensáveis. Ações para intervir na restauração da Floresta Atlântica que em sua história foi fortemente degradada e conta atualmente com resilientes 7% da sua composição integral, são de grande urgência para transformação dos ecossistemas locais e o restabelecimento do bioma, que por sua vez contribui na manutenção dos recursos vitais da Terra e a condição da sustentabilidade e a qualidade de vida.

Objetivo: Promover a conservação das populações de espécies frutíferas do bioma da Mata Atlântica com potencial de alimentação humana e da fauna. Favorecer as relações comunitárias e de processos produtivos agroecológicos e de metodologias participativas. Contribuir com o desenvolvimento rural sustentável e para a educação do campo, fomentar redes de economia solidária, resgatar e incentivar novos hábitos alimentares e saberes tradicionais com vias de buscar a segurança e soberania alimentar das comunidades.

Objetivos específicos: Identificar e mapear matrizes das espécies frutíferas para coleta e produção de sementes e mudas, formar viveiros, engendrar circuitos de troca entre as pessoas produtoras envolvidas, nas regiões de atuação do projeto. Identificar e fortalecer feiras e festas populares, a fim de propiciar intercâmbio de conhecimento e material genético, bem como valorizar a cultura popular e sua relação com o território. Elaborar cartografia social a partir do levantamento florístico das áreas dos agricultores, agricultoras, dos municípios e remanescentes florestais. Sistematizar e disponibilizar as informações coletadas, contribuir no desenvolvimento de circuitos de produção e salvaguarda das matrizes, bem como criação de bancos de germoplasma das frutíferas nativas. Fomentar a produção de mudas e implantação de pomares em áreas públicas no intuito de favorecer e disseminar o conhecimento sobre as espécies nativas e seus usos.

Metodologia: Saídas de campo para identificação de matrizes, coleta de sementes, dentre outros materiais botânicos. Entrevistas semi – estruturada com os agricultores e agricultoras para levantamento florístico e de produção dentro de suas unidades produtivas.
Levantamento de informações sobre seus conhecimentos, saberes e tecnologias que trazem em sua bagagem de vivência e ancestralidade a respeito da relação com a terra e as plantas alimentícias que cultivam ou que utilizam em seu cotidiano.
Identificar atores e as histórias relacionadas a seus territórios, tais como suas manifestações e expressões culturais, artísticas e alimentícias. Pesquisa e identificação de matrizes das frutíferas no perímetro urbano atrelado ao envolvimento histórico cultural das pessoas das localidades visitadas.
Articular, mobilizar e promover mutirões de plantio, vivências de trocas de saberes populares, conhecimentos científicos, sementes e mudas, entre os agricultores e com público diverso, nas áreas de produção, espaços públicos de interesse socioambiental, praças, escolas e outras instituições públicas.
Promover feiras de exposição e intercâmbio cultural entre agricultores, produtores e população em geral.
30Construção de cartografia social e afetiva a partir das informações obtidas incluindo o mapeamento das matrizes frutíferas para pesquisa e conservação e os circuitos produtivos da Rede.


Os selecionados, comprometem-se a cumprir os itens abaixo:

  • Executar a pesquisa científica sobre as espécies e os frutos nativos da Mata Atlântica, conforme Proposta apresentada no Edital de seleção;
  • Envolver a Rede de Agricultores e as Unidades de Referência contempladas no projeto;
  • Apresentar relatórios mensais com registro das atividades desenvolvidas;
  • Apresentar o resultado final ao término da pesquisa e da concessão da bolsa para pesquisa científica;
  • Participar de reuniões com a equipe do Projeto quando necessário;
  • Informar ao representante do Instituto AUÁ sobre questões externas diversas;
  • Cumprir as obrigações estabelecidas no Plano de trabalho e de metas;
  • Manter sob sigilo absoluto as informações que lhe forem transmitidas pelo Instituto AUÁ e terceiros que tiver contato em razão da realização da pesquisa científica e/ou as que tomar conhecimento em razão da realização da pesquisa científica, em conformidade com o disposto na cláusula oitava, sendo-lhe expressamente vedado transmiti-las a terceiros, salvo se com prévia e expressa autorização do Instituto;
  • Entregar o resultado da pesquisa até o término do prazo de vigência da bolsa para pesquisa científica;
  • Apresentar esclarecimentos e/ou informações suplementares acerca da pesquisa realizada, sempre que solicitado pelo Instituto AUÁ.

Pedimos desculpas, no tardar da publicação, porém o atraso na primeira fase acarretou num atraso em todo o processo.

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