VII Seminário de Ecomercado de Trabalho da Rede do Programa de Jovens

O Seminário de Ecomercado da Rede do Programa de Jovens –  Meio Ambiente e Integração Social (PJ-MAIS) chega em sua 7ª edição com o tema Turismo Sustentável – Desafios e Oportunidades, com o objetivo de identificar as dificuldades do setor, em especial no que diz respeito aos aspectos legais e regulamentação,  bem como apontar as soluções e casos de sucesso tanto no âmbito das experiências do PJ-MAIS, como na prática de empreendimentos e políticas públicas dos municípios convidados.

O evento aconteceu no dia 5 de abril em Paraibuna – SP, município que abriga dois Núcleos de Educação Ecoprofissional de Jovens, e contou com um público composto por jovens do núcleo local e de outras cidades, além de estudantes, empresários, representantes de prefeituras e da sociedade civil e interessados em geral, do município e entorno.

A abertura foi realizada por Pedro Gonçalves, jovem do PJ-MAIS de Paraibuna, escolhido como mestre de cerimônia, que deu início ao evento convidando à Mesa Principal a presidente do Instituto H&H Fauser, Amely Fauser;  o Diretor de Esportes, Turismo e Lazer de Paraibuna, Ronaldo Fonseca; o Diretor da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo – RBCV, Luís Alberto Bucci e a coordenadora da Rede do PJ-MAIS e gestora de projetos da AHPCE, Vanessa Cordeiro, que expuseram sobre suas instituições.

Em seguida deu-se início às apresentações da Mesa 1 – Experiências de Turismo Sustentável. Eduardo de Oliveira Coelho, Diretor de Turismo de São Luís do Paraitinga definiu o termo tema do seminário e ressaltou a importância da aceitação e da participação da população local para o sucesso de um projeto de turismo sustentável e contou como as oportunidades e o apoio que recebeu em sua gestão possibilitaram reerguer sua cidade.

Michele Martins, bióloga do Instituto Ecofuturo, falou sobre a  gestão e as atividades desenvolvidas no projeto em que atua, o Parque das Neblinas, colado ao Parque Estadual da Serra do Mar, onde antigas rotas de caça de animais se transformaram em trilhas e caminhadas de contemplação da Mata Atlântica. Acompanhando Michele, Juliana discorreu sobre seu trabalho no Programa Juçara e a importância da preservação ambiental.

Israel Lopes, ex-PJ e atual membro da AHPCE e Maria Teresa França, representante do Núcleo Paranapiacaba, apresentaram  as mudanças no turismo na antiga Vila de Paranapiacaba, em Santo André, de insustentável para sustentável, com a criação do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba – PNMNP.

A Mesa 2 levantou a questão das Políticas Públicas em Turismo Sustentável. Elaine Nogueira, turismóloga e coordenadora da oficina de Turismo Sustentável do Núcleo Paraibuna do PJ-MAIS falou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto H&H Fauser na área de turismo na cidade. Também falou das parcerias realizadas com proprietários rurais da região como o Sítio do Belo, Sítio JJ e Sítio Messias, entre outros, para o fomento do turismo rural com a participação dos jovens e da capacitação e participação destes na preparação de roteiros e atividades turísticas em parceria com a Fundação Cultural e o apoio da Petrobras.

O Professor Maurício César conceituou o termo sustentabilidade e a banalização do seu uso e comentou sobre as poucas políticas públicas em Turismo Sustentável no Brasil, apesar do grande potencial, inclusive na Serra do Mar.

A Mesa 3 trouxe o tema Visão de Mercado para Turismo Sustentável e contou com a participação de Sílvia Hirao, do SESC São Paulo e de Danilo Carvalho, da Simbiose Aventura, agência de turismo de Pindamonhangaba-SP.

Para Sílvia, o turismo sustentável é uma atividade “inclusiva, pressuposto como plural, democrático e transformador” e explicou os princípios que norteiam os projetos do SESC: acessibilidade, protagonismo dos participantes e a educação para o turismo. Danilo apresentou um vídeo com as atividades em Pindamonhangaba como cachoeirismo, caminhadas, trekking,  entre outros e falou sobre a comissão regional do Vale do paraíba e Litoral Norte, da ABETA e seus objetivos.

Após o encerramento das mesas, Samuel Protetti, da AHPCE, moderou os Grupos de Trabalho que trabalharam com os temas “Meios de Legalização do Trabalho Receptivo por Organizações sem Fins Lucrativos”, “Geração de Renda e Sustentabilidade do Negócio” e “Políticas Públicas para o Desenvolvimento do Turismo”. Os GTs tiveram 40 minutos para sistematizar as conversas e 5 minutos para apresentarem os resultados para os demais.

O evento foi transmitido ao vivo pela web.