20 anos RBCV – Lançamento da Avaliação dos Serviços Ecossistêmicos traz olhar inovador na gestão do Cinturão Verde
Colapso do maior reservatório da Região Metropolitana de São Paulo, estiagem severa e aumento no ritmo de desmatamento da Mata Atlântica (24 mil hectares desmatados entre 2012 e 2013), põem em pauta as opções para sustentação da vida nas grandes cidades. Neste momento crítico, a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo – maior reserva da biosfera em contexto urbano do mundo, abrangendo 78 municípios – lança o “Sumário Executivo: Serviços Ecossistêmicos e Bem-Estar Humano na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo”.
O documento comunica a avaliação de 11 serviços prestados pela natureza do Cinturão Verde, que garantem recursos vitais para 24 milhões de habitantes, e promovem uma economia que equivale a 18,4% do PIB, a exemplo da manutenção dos recursos hídricos regionais. Além de dados inéditos da pesquisa, integrando 70 pesquisadores e 35 instituições, com base na Avaliação Ecossistêmica do Milênio, a originalidade da Avaliação está em sua função como ferramenta para tomada de decisões e subsídio às políticas públicas, como a Política Estadual de Mudanças Climáticas e o Plano de Ação Paulista de Biodiversidade.
“O diagnóstico é um documento de referência para governos, setor privado e terceiro setor do Cinturão Verde, apontando como garantir e recuperar esses serviços em escala regional”, expressa a coordenadora da RBCV, Elaine Rodrigues. O lançamento aconteceu em 9 de junho, no Horto Florestal de São Paulo, com a presença dos onze coordenadores de cada capítulo sobre os serviços ecossistêmicos, e anúncio do livro aprofundado sobre o tema, com edição prevista para dezembro de 2014.
As análises da Avaliação dividem-se em serviços de regulação (controle de erosão e inundações, qualidade do ar, sequestro de carbono e redução de GEEs, e regulação climática), suporte (biodiversidade), provisão (alimentos, produtos florestais, produtos bioquímicos, medicamentos e farmacêuticos, e regulação da água) e serviços culturais (culturas folclóricas, e lazer e turismo), além de um capítulo orientando a tomada de decisão com base em dados da valoração econômica-ecológica dos ecossistemas.
No capítulo de provisão e regulação da água, revela-se, por exemplo, que a principal Bacia da RBCV, a do Alto Tietê, com uma população de 19 milhões de habitantes, tem a demanda mais crítica do Estado, pois seu consumo é mais do que o dobro de sua disponibilidade. Apesar da RBCV ainda possuir 40% de cobertura vegetal, a degradação impacta em crescente diminuição da disponibilidade hídrica e fatores de risco à saúde.
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