Projeto do AUÁ e Fundação Banco do Brasil investe em equipamentos e capacitações de agricultoras

O final de 2018 e início de 2019 marcou um grande impulso para o fortalecimento da cadeia produtiva de espécies nativas da Mata Atlântica, com importantes capacitações para as agricultoras familiares e a entrega de “kits” de beneficiamento da produção nesses locais. O projeto do Instituto AUÁ é financiado pela Fundação Banco do Brasil e chama-se “Fortalecimento dos Produtores Rurais e da Cadeia Produtiva das Nativas da Mata Atlântica”, enfocando a recuperação do bioma no entorno da Serra do Mar por meio da composição de pomares com espécies nativas.

Estão sendo capacitadas mensalmente 3 grupos de 10 agricultoras cada um, nos municípios de Salesópolis, Paraibuna e Natividade da Serra, em São Paulo. Os “kits” entregues incluíram balcão de inox, caixa de higienização, telas, alicates de fazendeiro, manual de boas práticas, freezers horizontais e superfreezers de congelamento rápido para estruturação do beneficiamento das nativas, além de bonés, camisetas e adesivos.

Compor uma rede de produtores de espécies nativas da Mata Atlântica do Sudeste mostra-se cada vez mais um objetivo viável, e as ações do projeto incluem: capacitação, ampliação de infraestrutura nas propriedades, logística e formação do mercado consumidor de nativas. E entre os temas das capacitações estão: produção orgânica, fisiologia vegetal, sementeiras, estufas de germinação e cultivo, adubação verde, manejo do mato e controle de plantas daninhas, insetos e doenças, biofertilizantes e caldas.

Em cada sítio nos 3 municípios, como o Sítio Chão D´Água em Salesópolis, somaram-se agricultores das comunidades do entorno, os quais demonstraram a importância da formação: “esse projeto mostra como é gratificante ter frutas nativas em casa e a cada encontro aprendemos a melhor forma de manejo, com  uma visão desde como preparar a terra para receber a muda até a colheita final. Os cuidados que devemos ter e até conhecimentos novos como o de que é possível sim colher a fruta ainda nos galhos, pois o Cambuci também tem seu ponto de amadurecimento, não é necessário estar no chão. E tudo isso somado à nossa experiência pessoal com o fruto, faz do encontro algo muito produtivo”, diz a produtora Débora.

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