Osasco terá novos agricultores urbanos e alimento saudável na cidade

Cerca de 40 moradores de Osasco participaram da primeira aula do Programa de Agricultura Urbana, da Prefeitura Municipal em parceria com o Instituto Auá, para desenvolver o trabalho de cultivo nas hortas da cidade com base no manejo orgânico e na segurança alimentar. A iniciativa acontece por meio da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão (SDTI) e já conta com 20 agricultores atuando em seis hortas urbanas, mas terá novos grupos capacitados, com geração de renda e comercialização de alimentos saudáveis no município.

Além da aula inaugural, o início desta fase do Programa contou com uma apresentação do curso, que terá encontros semanais nas hortas, uma aula teórica mensal e assistência técnica para o desempenho dos cultivos, até junho. “Teremos todo o conhecimento de base agroecológica, mas também um ensinamento a ser levado para a vida, com benefícios contínuos para quem receberá a formação”, exaltou Adriane Andrade, coordenadora do projeto no Instituto Auá.

“Sempre gostei de horta pois morava no interior. Atualmente não tenho espaço em casa mas pretendo fazer o curso para levar na bagagem, ter meu consumo próprio e vender para os vizinhos”, disse o novo aluno José Álvaro. Já o morador Jair Santana, destacou que cultivar a terra depende de força de vontade para colocar a mão-na-massa, “mas no meu caso também me ajudará com o conteúdo para a Faculdade de Agronomia que pretendo cursar”.

“Fazer o curso é um sonho, pois pretendo plantar tudo o que como e dedicar meu tempo a isso. Apesar de não ter terra própria, se der certo pretendo continuar com essa atividade”, ressaltou Maria da Paixão. Seu colega Raimundo também lembrou que apesar de trabalhar boa parte da vida no setor da construção civil, “o gosto pela agricultura vem da infância e poderá se tornar uma importante alternativa de renda em época de crise”.

O técnico do projeto Tibério Oliveira apresentou a todos um panorama dos temas que serão abordados até junho, sempre com base no planejamento da horta contendo sua função, seu formato e os cultivos desejados: adubação orgânica, sementeiras e compostagem, controle biológico, agricultura orgânica e comércio justo, adubos verdes, produção de mudas de hortaliças, ervas aromáticas e medicinais e estufas e túneis de cultivo.

Segundo ele, a terra produtiva é como o corpo humano, necessitando de uma variedade de elementos e nutrientes para se manter viva. “Só assim, geramos plantas equilibradas e resistentes, dentro de um sistema autossustentável”, disse Tibério.

Na aula inaugural, o técnico do projeto Hamilton Trajano também enfatizou que a fertilidade natural do solo é a base da produção, e que este deve ser entendido “por dentro” e não só como o lugar onde pisamos.

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