Equipes de Araçoiaba da Serra encerram primeiro módulo em formação ecoprofissional
Em janeiro deste ano, 23 alunos do curso de formação integral e ecoprofissional do município de Araçoiaba da Serra (SP) comemoraram a capacitação no 1º módulo do curso, em dezembro de 2014, quando ampliaram o conhecimento sobre seu território e as possibilidades de atuação para o desenvolvimento local e sustentável.
A iniciativa é uma parceria entre o Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental e o Instituto Federal de São Paulo, por meio do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Agroecologia de São Roque, com base na metodologia desenvolvida por Ondalva Serrano, conselheira do Instituto Auá.
O primeiro módulo enfocou o processo de construção do autoconhecimento, do conhecimento do outro e do meio social e ambiental do município, para intervenções conscientes na realidade local. Formou-se uma roda de conversa e apresentação do grupo, de representantes do sistema de educação do município e técnicos do CEE (Centro de Estudos Espirituais), sempre entremeada por momentos teóricos e reflexivos. O curso conta com 160 horas de atividades ao longo de 3 módulos diferenciados.
Professores da rede de ensino, educadores das creches municipais, profissionais da Secretaria de Educação, diretores de escola, junto com os técnicos do CEE, que atuam em áreas da economia criativa, artes, agroecologia ou alimentação saudável, compuseram o perfil do grupo que recebeu a capacitação.
Em seis dias de formação, foram abordados os seguintes temas: os ecossistemas na realidade multidimensional em que vivemos; o processo de autoconhecimento humano; processo do hetero conhecimento humano; o processo do socioconhecimento humano; a formação ecoprofissional do ser humano consciente e responsável; construindo a sociedade sustentável numa parceria dos órgãos públicos com a sociedade civil organizada.
Foi possível identificar oportunidades de complementariedade entre o grupo e oportunidades de atuação comum, a exemplo da abertura do grupo de rede municipal de ensino para incorporar fundamentos da agroecologia, da permacutlura e da educação integral nas práticas educativas, ou a disponibilidade para projetos de ação em grupos organizados da sociedade civil, independentemente da existência de programas municipais de sustentabilidade local.
“Percebemos uma espécie de consenso de que o trabalho em equipe, dentro de relações éticas e amorosas, transforma-se num trabalho de construção de uma nova forma de se organizar socialmente”, expressa Ondalva Serrano.