Encerramento de projeto do Fehidro originou até 40 Planos de Manejo Agroecológicos
A entrega dos planos de manejo do Projeto Pomares Mata Atlântica, do Instituto AUÁ com o Fehidro – Fundo Estadual de Recursos Hídricos, marcou o encerramento desta iniciativa, que aconteceu nos municípios de Biritiba-Mirim, Salesópolis e Mogi das Cruzes. O esforço de 18 meses de trabalho com mais de 40 famílias de agricultores consagrou a metodologia participativa de formação de sistemas agroflorestais com nativas da Mata Atlântica, conhecendo-se plantas de interesse para cada produtor, de frutíferas e aromáticas a ornamentais e medicinais, e compondo um desenho final que uniu a conservação ambiental ao melhor caminho para geração de renda com nativas.
A região do Alto Tietê Cabeceiras foi escolhida por representar um ponto estratégico na produção de água para a metrópole, onde as florestas e a recuperação do solo são chaves para a manutenção desse serviço ambiental. Assim, as capacitações e assistência técnica aos produtores visou incluí-los no processo de recuperação de pelo menos 100 hectares de mata nativa por meio de sistemas agroflorestais na parte agrícola da propriedade.
“O objetivo foi torná-los protagonistas na recuperação da natureza, compondo uma rede de desenvolvimento local sustentável neste território. Além disso, o AUÁ vem trabalhando na inserção dessas espécies nativas em um mercado que valoriza cada vez mais os produtos dos biomas brasileiros”, destaca Hamilton Trajano, técnico do projeto pelo Instituto.
Um dos pontos de destaque que permitiu o sucesso da metodologia do Projeto Pomares foi a articulação com os diversos órgãos e atores locais para uma rede de cooperação nos três municípios, a qual vira um legado na valorização das nativas como modelo regional.
Os planos de manejo para estas áreas específicas formam um banco de áreas, a partir do que o Instituto Auá passa a captar recursos para viabilizar os plantios com empresas via neutralização de carbono e projetos de responsabilidade socioambiental empresarial.