Arte, gincanas e oficinas preparam educadores do PROJETO ESCOLINHA DO FUTURO em Osasco para o segundo semestre de 2013

A cada início de semestre, os mais de 150 educadores do Projeto Escolinha do Futuro reúnem-se em uma semana de formação continuada para ampliar o repertório de práticas e metodologias que desenvolvem nas escolas. O projeto já existe há seis anos, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Educação de Osasco e a AHPCE (Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica), tendo se consolidado como parte do Plano Eco Político Pedagógico de 56 escolas do município.

A formação continuada é o grande momento de capacitação dos educadores para o cumprimento de suas tarefas no semestre letivo, quando socializam as atividades que aplicam em cada realidade e vivenciam diferentes saberes coletivamente. “Buscamos trazer uma visão diversificada, os educadores já estão habilitados teoricamente, então a formação visa ampliar o leque de práticas a serem levadas para o dia a dia escolar”, expõe Isis de Castro, coordenadora pedagógica do Projeto Escolinha do Futuro na AHPCE.

Com apresentações de teatro, percussão ou maculelê, oficinas e vivências integrativas de esportes, capoeira e música, ou momentos de maior reflexão teórica, a formação aconteceu na última semana de 22 a 26 de julho, no Centro de Eventos Pedro Bortolosso, em Osasco. Além dos educadores, contou com a presença da equipe gestora do projeto, do Secretário Municipal de Cultura, Fabio Yamato, e de grupos como a Companhia de Teatro Letra Jovem, de Osasco, o Grupo Pau e Lata, de Natal (RN), que desenvolve oficinas de percussão com instrumentos musicais feitos com materiais reciclados, ou o Grupo Só Riso, de São José do Rio Preto (SP), com um diferenciado espetáculo de reflexão sobre drogas.

“A formação é a fonte de ideias para escola, já dei oficinas de circo, aplicando técnicas de malabarismo e acrobacia com os educadores, e por outro lado recebi conhecimentos importantes, como técnicas para construir instrumentos de percussão recicláveis até métodos para lidar com crianças portadoras de deficiência, as quais necessito em meu dia a dia”, diz a educadora Fabiana Cirqueira Mina, a única da modalidade Circo nas escolas.

Formacao Educadores Escolinha do Futuro 024

Para o educador de teatro e dança, Luciano de Jesus, a semana permitiu descobrir novas opções de atividades, como os jogos cooperativos (sem competição) ou as tradicionaisdanças do maculelê e da puxada de rede.

A socialização, integração do grupo e troca de experiências são considerados o diferencial desse momento, segundo o supervisor pedagógico do projeto, Aguinaldo Troiano. Ele conduziu a gincana que conquistou os presentes com brincadeiras como corrida de saco, embaixada, cabo de guerra ou carrinho de mão, destacando que as pessoas possuem habilidades variadas que não se restringem a uma só especialidade. “O educador de judô ganhou a dança de forró, da mesma forma só podemos entender o que é o judô experimentando essa prática”, exemplifica Troiano.

O educador de judô Rafael Gustavo diz que a formação significou um momento de resgate cultural, “permitindo voltar à infância em brincadeiras e jogos que a maioria praticou quando criança, como equilibrar o pau da vassoura e improvisar o carro com rodinha”.

A última formação revelou a maturidade conquistada pelo Projeto Escolinha do Futuro nestes anos, cujo diferencial está na combinação entre as diferentes artes e linguagens. “Cada formação é um aprendizado único, somos movidos a isso, pois aprendemos mais do que ensinamos, principalmente com as crianças nas escolas”, diz mestre Tiê, educador da capoeira desde o início do projeto.

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