Alunos do Escolinha do Futuro influem no Plano Eco Político Pedagógico e colhem resultados nas escolas

O impacto do Projeto Escolinha do Futuro na rede pública de Osasco vai além do desenvolvimento das habilidades em esporte, cultura, lazer, artes ou xadrez, o fator de sucesso do Escolinha do Futuro também está em sua integração ao Plano Eco Político Pedagógico (PEPP) das unidades escolares e o vínculo estabelecido com a sociedade ao redor.

A pedagogia do Escolinha do Futuro amplia as oportunidades para o exercício da cidadania e, assim, reforça o sentimento de pertencimento à escola, ao bairro e à cidade. Uma ação diferenciada foi a construção colaborativa do PEPP de 56 unidades escolares, no contexto do Projeto Sementes de Primavera, quando os alunos inseriram sua visão nestes planos e passaram a reivindicar melhorias vistas como importantes para sua escola.

A iniciativa da construção do PEPP dos alunos teve origem na importante parceria com o Instituto Paulo Freire que, num segundo momento, deu origem aos Educadores Sementes de Primavera, com a abordagem pedagógica de preparação de cidadãos para o mundo. O PEPP de cada escola foi  construído para o período de 5 anos (2012 a 2016) e revelou-se a oportunidade das crianças participarem da construção desses planos.

Além de ações como a eleição dos representantes de sala – que faziam o elo entre as atividades do Escolinha do Futuro e a sala de aula – e da realização de assembleias mensais nas escolas, os alunos incluíram suas propostas diretamente nos Planos Eco Político Pedagógicos. Na EMEF Marina Saddi Haidar, por exemplo, solicitaram o “Parquinho para todos” e “Recreio mais divertido”, que se resumia a brinquedos adequados às crianças mais velhas na área do parquinho e mais brinquedos nos momentos de intervalo. E em conversa com o trio gestor da escola, a solicitação permitiu a compra de mesas de ping pong, pebolim e até numa cama elástica profissional.

“A importância deste processo esteve no desenvolvimento político e crítico dos alunos, que reforçaram a visão de que a escola é um espaço público, da comunidade”, diz Barbara Alves Sant´Ana, orientadora educacional do Escolinha do Futuro.

A jovem Sara, de 10 anos, da EMEF Marina Saddi Haiddar, diz que “sabia que as crianças têm direitos, mas que agora sabe mais, pois aprendeu como usá-los”.

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