Alunos da escola Eugenio Montale plantam nativas e redescobrem a Mata Atlântica

Com a mão na terra e a vontade de aprender mais sobre o uso do adubo orgânico, um dos alunos da Escola Italiana Eugênio Montale, no Morumbi em São Paulo, espelhou o interesse das crianças e jovens pelo plantio de árvores em seu espaço. Em meados de outubro, o Instituto AUÁ realizou uma oficina na escola para sensibilizar os alunos sobre o plantio de espécies frutíferas da Mata Atlântica, aprofundando o conhecimento sobre seu meio ambiente.

“Eles são tocados pelo tema quando interagem com a terra, as espécies e o plantio. Explicamos sobre o Cambuci, a floresta, a economia solidária, mas também viram que podem fazer na prática a sua parte”, conta Hamilton Trajano, técnico em agroecologia do Instituto Auá.

A aproximação com a escola deu-se durante a Feira Cultural da Vila Madalena, este ano, no estande do Empório Mata Atlântica que revelou os produtos com espécies nativas para o público. “Abrimos este espaço para o Instituto Auá, pois realizamos diversas oficinas na escola, sobre arte, teatro ou botânica, mas sentimos necessidade de transmitir algo mais concreto, com o cultivo de plantas nativas e como nos tornar mais sustentáveis”, expressa o professor de Ciências Francesco De Santi.

Cerca de 30 alunos com idade entre 10 e 16 anos participaram do plantio de cinco mudas de Cambuci, Juçara e Araçá, enquanto ouviam mais sobre as espécies aromáticas, ornamentais e frutíferas, qual a cara de cada uma, e os serviços ambientais que sustentam nossas vidas na cidade.

A escola diferencia-se por ser mantida pela própria associação de pais, comprometidos com uma proposta pedagógica que visa a formação integral e crítica dos indivíduos, acreditando em seu potencial transformador. Para o Instituto Auá, esse trabalho com crianças e jovens é o caminho de construção da verdadeira sustentabilidade, com a conservação de nossos biomas.

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