Com panificação artesanal, Instituto Auá forma cidadãos para profissões do ecomercado
Teve início no dia 4 de abril, a capacitação em panificação e confeitaria pela Prefeitura Municipal de Osasco e o Instituto Auá, envolvendo 120 alunos que aprenderão técnicas e conceitos para uma nova atuação no mercado, com desenvolvimento de habilidades individuais e saberes sobre alimentação saudável.
Ao longo de três meses, serão transmitidas técnicas profissionais de preparação dos produtos unidas à formação para o empreendedorismo socioambiental.
Os temas das aulas estão divididos em dois módulos, que consistem no ensino de “panificação e confeitaria básica” – com princípios de segurança alimentar, história da panificação, funções dos ingredientes e preparo dos produtos, até fluxograma da produção. Numa segunda etapa, o aprendizado sobre empreendedorismo, ensinando-se os participantes a colocarem a mão-na-massa e desenvolverem negócios sociais. Neste caso, serão abordados o conceito de ecomercado, pautado por relações justas e cuidado com o meio ambiente, além de técnicas de planejamento e gestão, inovação e cases de sucesso.
“Percebe-se que boa parte dos alunos já produzem, comercializam e estão estimulados para colocar a mão-na-massa, agora querem aprender ‘como fazer’, desenvolver técnicas que os permitam sua autonomia como empreendedores. Assim, transmitimos saberes para que consigam fazer em casa, de forma simples, produtos de qualidade”, explica Fernando Soares, um dos educadores do projeto pelo Instituto Auá.
Apesar da estrutura da cozinha do projeto, é importante que pães e bolos, por exemplo, sejam feitos manualmente, experimentando-se as receitas e desenvolvendo a capacidade de gerir os desafios diários de uma cozinha.
O curso inclui a preocupação com a origem dos ingredientes e com a alimentação saudável, prevendo o uso de produtos das hortas do projeto de agricultura orgânica de Osasco, aproveitamento integral dos alimentos e preocupação com o destino dos resíduos secos e úmidos.
Segundo Fernando, é preciso entender o começo, meio e fim da cadeia dos alimentos, e saber de onde vem o que será servido. “Inclusive, lembrando que os resíduos orgânicos se transformam em adubo, por meio da compostagem”, comenta.
Serão contemplados ainda o desenvolvimento de novos produtos que tenham oportunidade para o ecomercado, habilitando os grupos para darem continuidade às atividades, no Centro Público de Osasco, e desenvolvendo autonomia para criar seus próprios negócios.