1 ano de realização do projeto Plantio Restauração Ecológica no Vale do Paraíba e Alto Tietê

O projeto Plantio Restauração Ecológica no Vale do Paraíba e Alto Tietê completa 1 ano de realização! O projeto, que visa plantar 10 mil mudas até o final da sua execução, vem transformando a Mata Atlântica e a forma dos agricultores viverem com ela de forma harmônica e rentável. Venha acompanhar essa caminhada desde o princípio. 

A proposta iniciou-se com a intenção de resolver duas principais problemáticas. A primeira delas é a degradação ambiental da Mata Atlântica, que, devido ao desmatamento desenfreado e o mau uso da terra, vem sofrendo com a pouca presença de espécies nativas e solos com processos erosivos. A segunda, concentra-se na falta de conscientização e engajamento dos agricultores familiares em relação à preservação do ambiente natural e fomento à bioeconomia com os produtos da sociobiodiversidade. Isso porque, infelizmente as famílias que não tem opções de produção sustentáveis, acabam destinando suas terras à pastagem extensiva ou ao plantio de eucalipto, que são usos de baixo investimento financeiro, mas que também têm um baixo retorno econômico, além de serem também desfavoráveis à conservação dos mananciais e à segurança alimentar.

Tais problemas fazem parte de um processo histórico, de uma visão exploratória e imediatista, que ignorou e eliminou a abundância da vida do bioma local, sendo focada somente na rápida geração de lucro, que desconsiderou a fragilidade do ambiente, do solo, e a complexidade das relações em um agroecossistema, simplificando ao máximo os sistemas produtivos, e buscando compensar toda a inadequação deste sistema com agrotóxicos e insumos industriais. Desse modo, tornou-se mais do que necessário adotar medidas as quais mobilizassem os agricultores para que esses pudessem mudar suas vidas e o meio ambiente em que vivem e trabalham. 

Tendo isso em vista, os objetivos voltam-se para apresentar alternativas de produção sustentáveis, que promovam a reintegração da biodiversidade nativa e do elemento arbóreo na paisagem. Assim, junto aos agricultores familiares que integram a Rede de Ecomercado da Mata Atlântica, o Instituto Auá apoia a implantação de Sistemas Agroflorestais Agroecológicos com ênfase na produção de nativas. Em outras palavras, o propósito é conservar o bioma como ativo econômico,  gerando renda para a população local, tratando dos aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais. 

Assim, diversos sítios estão passando por importantes transformações e impulsionamentos como os Sítios no Assentamento Olga Benário que vem cumprindo seu intuito de criar e manter a produção de café e frutas, além de roças para subsistência; ou então o Sítio Floradas da Serra em Embu-Guaçu e seu desejo de diversificar seus produtos; há também o exemplo do Sítio Nossa Sra. Aparecida em São José dos Campos e sua visão de impulsionar a produção das frutas já plantadas, através de enriquecimento das áreas com outras espécies e podas; existem também aqueles que querem cultivar uma produção agrícola e passar pela transição agroecológica, como é o caso do Sítio Pedro e Maria, Tremembé; ou a Propriedade Benvinda Conatti também em Tremembé que caminha para se tornar uma Unidade Demonstrativa Agroecológica. 

Esse ano contou com compromissos como as oficinas educativas, recebimento de mudas e materiais como o calcário, manejo das plantas, preparo e enriquecimento do solo, plantio e colheita de alimentos, entre outras atividades. Tudo isso significou para garantir o bom andamento do projeto e prosseguir com os planos e sonhos de cada beneficiário com sua família e seu sítio, os quais tomaram um belo rumo que continua em andamento. 

Por meio das etapas de diagnóstico e planejamento, construção do conhecimento, preparo das áreas e plantio, acompanhamento técnico do manejo das áreas e reuniões de articulação de mercado, já vemos hoje grandes resultados. As propriedades prosperam com a implantação de Sistemas Agroflorestais, tendo assim uma boa recuperação e proveito dos solos, retorno da biodiversidade, diversas nativas sendo cultivadas e comercializadas, o que leva a um bom funcionamento da Rede de Ecomercado da Mata Atlântica. Com um ano de projetos, diversas famílias puderam vivenciar uma transformação no seu dia a dia de trabalho, no meio ambiente em que vivem e na renda gerada. 

O projeto ainda tem mais 1 ano inteiro pela frente, então continue acompanhando através do site oficial do Instituto Auá e das redes sociais.

 

 

 

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