Instituto Auá leva agroecologia para menores infratores no workshop Jovem Sustentável Aprendiz

Com diversas iniciativas enfocando o público jovem, que têm como carro-chefe o Programa Jovem Sustentável, a Fundação Alphaville deu mais um passo com o Programa Jovem Sustentável Aprendiz, que desde outubro de 2015 atua na valorização de adolescentes em conflito com a lei, numa parceria com o Poder Judiciário, o Ministério Público, as empresas e a Prefeitura de Senador Canedo, onde a formação ocorre. A ideia é promover a reprogramação de valores, resgatar a cidadania e recolocar os jovens no mercado, em parceria direta com as empresas apoiadoras, o que transcende medidas socioeducativas pontuais.

No município de Senador Canedo, em Goiás, onde o programa acontece, cerca de 20 jovens nessa condição foram formados no final de 2015 e já se encontram empregados nas empresas da região. E o Instituto Auá, importante parceiro da Fundação no Professor Sustentável, não poderia deixar de contribuir com o Jovem Aprendiz Sustentável, levando sua experiência em agroecologia e educação integral para os adolescentes.

A capacitação da primeira turma de meninos e meninas, com idade entre 14 e 17 anos, incluiu a apresentação de princípios da agroecologia, que combina métodos ecológicos à visão humana nos cultivos, despertando forte interesse desses jovens. “Percebemos pela fala deles, o quanto o contato com a agroecologia foi motivador, trazendo curiosidade e interesse pela continuidade do trabalho com as plantas, como um meio de conexão entre ser humano e natureza, além de descoberta do próprio caminho individual”, conta Hamilton Trajano, técnico em agroecologia do Instituto Auá que realizou a capacitação.

Em meados de abril deste ano, ele também participou do workshop do Jovem Sustentável Aprendiz, com a equipe do programa e seus parceiros, visando aperfeiçoar o trabalho e formatar o curso para a segunda turma de alunos, composta por mais 20 jovens em conflito com a lei.

O encontro aconteceu no CREAS – Centro de Referência Especial da Assistência Social, em Senador Canedo, Goiânia, dentro da perspectiva de criação de um fluxo de trabalho para a próxima fase do programa. Segundo Hamilton, uma das ideias importantes debatidas com a Assistência Social foi a de ocupar uma área ociosa do entorno do CREAS para transformá-la em um espaço produtivo, chegando-se à proposta futura de uma horta orgânica, com hortaliças, plantas medicinais e árvores frutíferas nativas. “O espaço pode se tornar um centro irradiador de desenvolvimento humano por meio do contato com a natureza, seus princípios e valores”, finalizou o técnico.

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