Instituto Auá convoca a todos para divulgar o “Chamado à Ação sobre a Crise Hídrica”

A Aliança pela Água, rede que reúne mais de 50 entidades entre ONGs, especialistas e movimentos sociais, e da qual o Instituto Auá faz parte, lançou no início de fevereiro o documento “Chamado à Ação sobre a Crise Hídrica: Por um Plano de Emergência para o Estado de São Paulo”. E associou o lançamento a um rico debate com jornalistas convidados pelo Fluxo e a especialista da Aliança, Marussia Whately.

O “Chamado à Ação” convoca a todos para seu papel e participação nas ações diretamente ligadas a seu futuro e a uma nova cultura de uso, economia e conservação da água, mas também propõe de forma clara e resumida quatro ações imediatas de adaptação dentro de um Plano de Emergência, que devem ser promovidas pelo governo em conjunto com a sociedade para mitigar efeitos de calamidade pública.

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São elas:

– Instalação de força-tarefa para a gestão da crise, em âmbito estadual, com sociedade e municípios

– Plano articulado de gerenciamento de oferta de água

– Comunicação institucional, com foco em educação, autonomia hídrica, engajamento e mídia

– Discussão detalhada das alternativas emergenciais e de médio prazo para garantir o abastecimento de água

O documento também deixa clara a dimensão da gravidade da crise, para que o conjunto da sociedade participe de seu enfrentamento:

“A situação é de crescente incerteza frente aos cenários climáticos – não existem dados para afirmar que o ciclo de estiagem esteja acabando; a seca pode continuar e até se intensificar ao longo deste ano. À medida que o pior cenário vai se concretizando, aumenta a necessidade de informação responsável e liderança política para enfrentar a crise. Com uma sociedade cada dia mais sensível ao tema, é inaceitável que os diversos níveis de governo e os vários setores econômicos não tenham se unido para elaborar um abrangente Plano de Emergência a fim de mitigar os efeitos da crise e garantir o abastecimento de água para consumo humano durante a estiagem de 2015, que começa em março/abril.

A partir de agora, as medidas de mitigação da crise devem ir muito além de ações das concessionárias de abastecimento; é fundamental o envolvimento de uma ampla rede de atores governamentais e não governamentais para garantir a segurança cidadã da população, incluindo o direito ao abastecimento de água para consumo, saúde e emprego.”

Leia o documento na íntegra: http://aguasp.com.br/

Assista a entrevista do Fluxo: http://www.fluxo.net/tudo/2015/2/11/fluxo-sem-filtro

 

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