Curta “Lá que nói fomo criado” resgata histórias e memórias dos rios Paraibuna e Paraitinga

A ideia do curta-documentário “Lá que nói fomo criado” nasceu quando jovens de 17 anos do Programa de Jovens Meio Ambiente e Integração Social (PJ-MAIS) de Paraibuna foram desafiados a escolher um tema de seu interesse para desenvolver na oficina de iniciação científica, com orientação pela educadora Milena Antunes. Despertaram então para a história de sua região, que há 40 anos recebia a represa responsável por controlar o volume de água enviado ao Rio de Janeiro, por meio do Paraíba do Sul.

O vídeo foi lançado no último dia 21 de agosto, na Fundação Cultural Benedicto Siqueira e Silva, em Paraibuna, com a presença dos jovens e das famílias de moradores, que estiveram envolvidas com o vídeo pois revelaram mais sobre as histórias e os impactos sociais causados pelo represamento.

Assim, o vídeo traz o depoimento dessas pessoas que precisaram sair de suas casas e das regiões mais férteis de municípios como Paraibuna, Redenção da Serra e Natividade da Serra, para dar lugar à represa. E em 2014, quando se completa 40 anos do alagamento, os municípios também experimentam a maior seca de sua história.

“Valoriza-se essa história de vida, tão bruscamente alterada pela construção dos lagos da represa, mostrando aos ex-moradores a importância de suas memórias e às gerações mais novas a construção da identidade dessas cidades a partir de uma obra dessa dimensão”, expressa Larissa Neli Faria, educadora do Programa de Jovens do Núcleo de Paraibuna, reforçando que o objetivo da Iniciação Científica é desenvolver projetos relacionados à realidade local.

Os autores do vídeo, que nasceu do projeto “História e Impactos Sociais causados pela construção da represa em Paraibuna (SP)”, são Bruno Silva e William de Oliveira, e já apresentaram o projeto na Febrace este ano e, em setembro próximo, apresentam na Fenacit (Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia). O PJ-MAIS é uma parceria da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, Instituto Auá e Instituto Florestal de São Paulo. E o vídeo uma realização do Instituto H&H Fauzer. Mais informações no site: http://www.ihhf.org.br/

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