A chegada do Cambuci ao mercado é case do V Seminário sobre Frutos da Mata Atlântica

Mostrar como o Cambuci, fruto nativo da Mata Atlântica, vem sendo introduzido no mercado e implicando em conservação da floresta com comércio justo, foi o tema da apresentação do gestor da Rota do Cambuci, Gabriel Menezes, no “V Seminário Frutos da Mata Atlântica: o sabor da biodiversidade”.

O evento do JICA em parceria com o Instituto Florestal, aconteceu em 20 de outubro em Registro (SP), e o Instituto Auá apontou que um caminho importante de comercialização junto aos estabelecimentos gastronômicos, indústria e prefeituras é considera-los parceiros na formação de seus públicos para o valor da Mata Atlântica.

Hoje, a floresta em pé é fonte de renda para os produtores, os municípios e os diversos atores que trabalham pelo desenvolvimento local sustentável. Diversas experiências foram compartilhadas no evento e houve destaque especial para a Juçara, fruto que o Empório Mata Atlântica, do Instituto Auá, também está trabalhando.

Cerca de 200 pessoas participarem do evento em Registro, município que vem se tornando um centro da difusão da cultura da palmeira Juçara. Guenji Yamazoe, idealizador do evento, listou a quantidade de espécies de frutas da mata que podem render infinitos benefícios à sociedade, como Grumixama, Cabeludinha, Pitanga e Cambuci. “São frutas que remetem à infância, eram plantadas nos quintais e hoje, por meio de seu resgate, é possível fazer a recomposição da mata ciliar como uma alternativa de renda para os agricultores”, reforçou Guenji.

Segundo Gabriel Menezes, do Instituto Auá, a Rota do Cambuci também vem mostrando a importântica de um modelo integrado, que valoriza a cultura local, a agroecologia, o comércio justo e o turismo sustentável.

“A chegada do Cambuci ao mercado é uma bola de neve, que se iniciou em 2009 e vem se disseminando já que essa fruta faz parte da memória afetiva das pessoas. É preciso promover uma economia através dessa identidade”, disse.

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