Cardápio com frutas nativas chega à juventude mobilizada pela Engajamundo

Abrir caminhos para a participação dos jovens nas decisões internacionais e locais sobre meio ambiente e sociedade é o esforço da ONG Engajamundo, que já formou milhares de jovens em 5 regiões do país. Em recente formação na USP Leste, em São Paulo, a ONG apresentou a essa juventude o cardápio de frutas nativas do Instituto Auá, mostrando o quanto podem estar relacionadas com a redução de sua pegada ecológica, ou seja, com o impacto que deixamos no planeta. Bolo com Juçara, guacamole com Cambuci, suco de Jerivá e Hortelã… “provar receitas com espécies nativas é um jeito de apoiar seu cultivo”, diz a coordenadora de Clima da organização, Flávia Martinelli, que conta mais na entrevista abaixo. Aproveite e conheça mais a ONG: http://www.engajamundo.org/

P – Como surgiu a parceria com o Instituto Auá e que ação desenvolveram?
Flavia – Provei os pratos à base de nativas em um seminário da TNC – The Nature Conservancy e logo decidimos contratar a Banqueteria para uma formação sobre Código Florestal, que realizamos na USP Leste, em outubro de 2016, com um público universitário importante de ser sensibilizado. Trabalho na área ambiental, mas não sabia que algumas frutas eram comestíveis, fiquei impressionada especialmente com o sabor do Cambuci.

P – De que forma é possível fazer a relação entre o sabor dos pratos e a questão ambiental?
Flavia – Podemos usar as nativas para falar de clima, controle de emissões, redução da pegada ecológica, pois são um “gatilho” para mostrar a importância da Mata Atlântica, além de estarem próximas e não precisarem ser transportadas por longas distâncias. O cardápio com espécies da biodiversidade introduz o tema para as pessoas.

P – Que horizonte você espera ver no uso das espécies da Mata Atlântica em nosso dia a dia?
Flavia – Ao provarmos o pão com recheio de abobrinha, Cambuci e Castanha-do-Pará, o chá de casca de Cambuci ou o Bolo de Cacau com Juçara, fica implícito que estão ao nosso alcance. Espero que as pessoas descubram que usar essas frutas na comida é uma forma de cultivá-las e recuperar a floresta.

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