Abraço à Guarapiranga: Ângela de Cara Limpa ensina paulistanos a esverdear a paisagem urbana

Mobilizar e alertar a população para a urgência de ações concretas de preservação da água é a função do Abraço à Guarapiranga, que há nove anos une milhares de pessoas num abraço simbólico da represa paulista. E o empreendimento Ângela de Cara Limpa, do Instituto AuÁ de Empreendedorismo Socioambiental, somou esforços ao “Abraço” levando uma inspirada atividade para o Parque Ecológico do Guarapiranga, no domingo 1 de junho.

Foram distribuídas mudas de árvores de médio porte e de plantas ornamentais para os participantes do “Abraço”, que ganharam uma oficina do responsável pelo projeto de Agricultura Urbana do Ângela de Cara Limpa, Ananias Barbosa. Hoje ele mantém uma área de mais de 5 mil metros quadrados, na sede do empreendimento, no Jardim Ângela, com hortaliças, frutíferas e culturas anuais como feijão e batata, mostrando ser possível cultivar e esverdear a cidade.

“Muitos acham que basta plantar a muda e deixá-la crescer, porém devemos levar em conta o ambiente, ou seja, onde será plantada a árvore, de que espécie e como mantê-la. Assim, levei mudas de médio porte e de plantas ornamentais, que vão bem na rua ou na calçada, e mostrei os cuidados necessários a cada espécie”, conta Ananias.

A equipe do Ângela de Cara Limpa participa do Abraço à Guarapiranga por acreditar numa reflexão sobre a responsabilidade de cada um na preservação dos recursos hídricos, de governos e prefeituras a empresas e população em geral. O tema da edição de 2014 revelou fortemente esse propósito: “Água – somos todos responsáveis, cuidar para não secar!”.

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A região metropolitana de São Paulo é um exemplo dos impactos relacionados à água, com a pior crise de sua história. O Sistema Cantareira, que abastece metade da população da dessa região, registra níveis críticos de armazenamento e pode secar ainda este ano. Para suprir o abastecimento da população, outros mananciais serão esgotados e caso não chova acima da média, a crise deve se intensificar em 2015.

A causa é humana: mananciais como a Guarapiranga e a Billings, continuam sendo agredidos com despejo de esgotos, ocupações desordenadas, desmatamentos, afrouxamento da legislação, além de serem alvos de grandes empreendimentos, como rodovias e aeroportos.

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