2014, ano de transição para uma nova organização

Diversidade de empreendimentos, atenção ao desenvolvimento humano nas ações e foco no desenvolvimento sustentável, inspiram a atuação da Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica – AHPCE. Pioneira em metodologias de educação de jovens e de marcantes conquistas para a agroecologia no país, a AHPCE nasceu em 1997, e hoje, em 1 de maio de 2014, completa 17 anos de trabalho rumo a uma nova forma de se relacionar com o meio ambiente e a sociedade.

O último ano rumo à “maturidade” é também um marco na transição para mudanças significativas que estão orientando a atuação da ONG. Nova identidade visual, revisão de nosso propósito e lançamento de empreendimentos socioambientais fazem parte dessa transformação. Aqueles que acompanham e apoiam o trabalho da AHPCE, estão convidados a conhecer de perto a instituição e ficar de olho nas surpresas reservadas para acontecer de maio em diante.

Há seis anos, a ONG vem passando por um processo participativo de reorganização, mais intensamente entre 2012 e 2013, visando uma proposta inovadora de gestão institucional no terceiro setor, baseada em empreendimentos e negócios sociais para a sustentabilidade, em áreas como educação integral, ciência e tecnologia, arte e cultura, agroecologia, economia solidária e ecomercado, gestão de resíduos, construção sustentável e conservação ambiental, com enfoque especial na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo.

“O processo de reorganização institucional trouxe a revisão da missão da AHPCE, além de importantes perspectivas de atuação com um novo grupo de pessoas, mais unido, integrado e propositivo, comprometido com as responsabilidades implicadas na construção coletiva de um modelo descentralizado e autogestionário”, conta Gabriel Menezes, diretor geral da ONG até abril deste ano, e atual empreendedor social da Agência de Ecomercado, Rota do Cambuci e Movimento Cinturão Verde.

Esse trabalho de reposicionamento não é um ato isolado, mas uma resposta ao próprio movimento de questionamento sobre as formas de atuação do terceiro setor. Vivemos uma crise ambiental e de desigualdade social que implica em novas respostas da organização da sociedade, representadas por modelos incipientes como o empreendedorismo ou a inovação social. Estes se contrapõem ao modelo tradicional de patrocínio ou financiamento das organizações sociais, passando a aplicar recursos em atividades que geram impactos sociais e ambientais e, ao mesmo tempo, apresentam retorno financeiro potencial.  Aplicam soluções de negócios para resolver problemas coletivos.

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Algumas conquistas em números

Em 2013, a AHPCE atendeu cerca de 16 mil crianças da rede municipal de Osasco no turno complementar com atividades esportivas, culturais e pedagógicas. Participamos ativamente no Conselho de Gestão e Bureau da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde, além de assumir a coordenação geral dos seus principais programas, como PJ-MAIS, Avaliação Ecossistêmica e Rota do Cambuci, atuando em parceira direta com mais de 15 municípios, 50 produtores rurais, 15 pesquisadores científicos e 10 ONGs.

Mais de 200 toneladas de resíduos sólidos para reciclagem foram triadas e comercializadas pelo programa Ângela de Cara Limpa, no Distrito do Jardim Ângela, em São Paulo. O programa compreendeu a sustentação de 15 trabalhadores do Reciclângela, dois do Papel de Mulher e três do Reciclegami, além de mais dois do empreendimento de agroecolgia urbana, com um terreno de cerca de 8 mil metros quadrados.

Encerramos com sucesso o convênio de dois anos com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, junto ao Fundo Especial do Meio Ambiente (FEMA), para a formação ecoprofissional de mais de 60 jovens de Parelheiros e promoção de uma rede de agroflorestas na região.

A cada dia AHPCE assume seu razão de existência voltada a desenvolver ações demandadas pela sociedade, com um novo sistema de empreendimentos socioambientais estruturados em rede.

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